Você sabe quanto ganha seu parceiro?

Quanto ganha seu parceiro? Essa pode parecer uma pergunta bastante obvia, mas não é. Segundo pesquisa feita pelo SPC – Serviço de Proteção ao Crédito e pela CNDL – Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas, 3 em cada 10 brasileiros não sabem quanto ganha seu parceiro. Isso reflete a má relação que nós brasileiros num geral temos com o dinheiro, falar sobre ele muitas vezes ainda é difícil e até um tabu.

Esconder o salário pode resultar em endividamento

Não vamos entrar aqui no mérito do quanto o casal perde em intimidade em não saber quanto ganha seu parceiro. Mas um grande problema que pode surgir da falta de compartilhamento é a ausência de um orçamento familiar em conjunto e com isso o casal não consegue ter planos e metas financeiras juntos.

Outro fator é que quando você não sabe quanto ganha seu parceiro, vocês podem estar vivendo um padrão de vida que não condiz com suas finanças e isso pode ocasionar o endividamento de ambos. Quando dinheiro é um assunto proibido, ou complexo de ser falado, fica difícil planejar desde os gastos com o supermercado até fazer o planejamento das próximas férias.

Além disso, a pesquisa mostra que 25% das famílias entrevistadas afirmam que não conversam sobre o orçamento doméstico; e que 18% só chegam a falar do assunto quando a situação financeira já está em apuros. Esses hábitos fazem mal para toda a família: tanto para aquele que está vivendo o problema sozinho, quanto para quem é surpreendido com um rombo no orçamento num momento em que não cabem mais ações preventivas.

 

Compras escondidas

O levantamento mostra que mesmo entre os casais que conversam abertamente sobre os salários, 29% omitem pelo menos uma compra por mês do parceiro. Ou seja, o assunto dinheiro não é tão tranquilo assim como parece.

Entre as compras mais escondidas feitas pelas mulheres estão as roupas, com 62%; calçados com 59%; maquiagem, perfumes e cremes, com 49% e acessórios com 39%. Já os homens não contam quando compram produtos de carro e moto, com 24%; jogos, com 22%; cigarros e bebidas, com 15% e artigos esportivos, com 8%. Ao responder quais os itens mais escondiam, os entrevistados podiam escolher mais de uma opção.

As táticas para ocultar os itens comprados são velhas, como tirar etiquetas de roupas; esconder a fatura de cartão de credito do parceiro; fazer compras em dinheiro para não deixar “rastro” e, claro, colocar os produtos em locais que o outro tenha dificuldade de achar.

 

Unificando os contracheques

Falar abertamente sobre dinheiro e juntar todos os rendimentos da família é única forma de ter um orçamento saudável e que beneficie a todos a curto e a longo prazo. Se você é um desses que tem dificuldade de encarar o tema a dois esteja certo de que trabalhando em equipe o dinheiro da família só aumentará, pois todos trabalharão para um objetivo único.

Uma boa sugestão para que ambos não percam a liberdade de comprarem aquilo que gostam, sem dar satisfação, é após terem pagado todas as contas fixas – e de preferência reservado um valor para a poupança, estabelecer um valor de gastos para ambos em que não é necessário prestar contas.

Se sobrou R$800, cada um “tem direito” a R$400, e a regra é simples: cada um gasta como quiser. Se a mulher quer usar o valor inteiro em um lindo par de sapatos o companheiro não deve reprimi-la; da mesma forma que ele também tem liberdade para comprar um item novo para o carro, por exemplo, sem sofrer repressão por parte da esposa. Assim todos saem ganhando: a família tem um orçamento único e que é seguido; as contas fixas são pagas com a responsabilidade que merecem e ambos têm espaço para comprar aquilo que gostam com planejamento e sem precisar esconder – o que convenhamos, não é nada agradável, né?!

E você, esta em qual time? Dos que compartilham os salários ou dos que não falam abertamente sobre o assunto? Conte-nos nos comentários!