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Crédito habitacional: como ter o financiamento aprovado?

Escrito por Pedro Da Silva

Financiar a casa própria – ou até mesmo um imóvel para investimento – pode ser bem simples. Ao contrário do que acontecia entre os anos 80 e 90, o crédito habitacional popularizou-se edesburocratizou-se.
Graças à estabilidade econômica do país, as taxas de juros tornaram-se mais amigáveis, bem como os prazos para pagamento – os quais podem chegar aos 35 anos.

Apesar da facilidade, ainda é preciso atentar-se a alguns detalhes que fazem a diferença no momento da aprovação, principalmente quanto aos seus “rastros” financeiros. Tenha em conta: a importância de manter um bom histórico é a mesma, seja para ter um cartão de crédito ou comprar uma casa.

Crédito habitacional para todos

Apesar dos bancos não serem as únicas instituições que disponibilizam os créditos imobiliários, são as opções mais buscadas. Cria-se uma falsa imagem de que apenas empregados formalizados podem pleitear um financiamento, mas os autônomos também têm seu lugar ao sol: usualmente, as instituições analisam o bom relacionamento do cliente com o banco. Se a movimentação mensal for compatível com o valor do imóvel, as chances de obter o crédito são grandes.

Em suma, as principais exigências bancárias são:

1- Valor da prestação menor do que 30% da renda líquida mensal.

2- Isenção de restrições cadastrais no SPC e SERASA.

3- Bom relacionamento com a instituição (cartão de crédito, contas em débito automático, outros financiamentos, títulos de capitalização, etc.).

Documentação necessária

Os documentos exigidos para a formalização do financiamento variam de banco para banco, mas os principais são:

Comprador: RG/CPF; comprovante de renda; declaração do IR; comprovante de residência.

Imóvel: Matrícula atualizada; comprovante de inexistência de débito de condomínio, certidão negativa do IPTU e avaliação do imóvel assinada por engenheiro credenciado ao banco.

Como facilitar a aprovação do crédito?

Existem 5 táticas que, segundo profissionais da área, auxiliam na liberação do financiamento imobiliário, inclusive a redução das taxas de juros. São elas:

1. Cadastro positivo do SERASA: o cadastro positivo reúne os dados dos consumidores que costumam pagar suas contas em dia. A ferramenta auxilia intensamente na negociação das taxas de juros aplicadas.

2. Abertura de conta corrente na instituição responsável pelo financiamento: geralmente, os bancos analisam – com melhores olhos- os clientes que são seus correntistas. Um dos bancos que costuma privilegiar seus clientes é a Caixa Econômica Federal.

3. Concentre toda sua renda na conta: uma vez que o cliente deposita todos os seus ganhos na conta bancária, fica visível à instituição que a movimentação financeira é pertinente ao financiamento solicitado.

4. Torne-se um MEI: trabalhadores informais podem regularizar sua situação como pessoa jurídica. Além de declarar IR, o MEI tem direito à contribuição ao INSS. Os empresários individuais geralmente são bem aceitos pelos bancos, na hora do financiamento.

5. Regularize seu CPF: quem possui restrições no SPC/SERASA anula, quase que automaticamente, a possibilidade de financiar um imóvel. Por isso, antes de iniciar o processo verifique suas pendências e negocie-as com os devedores.

Dica adicional: antes de abrir uma conta ou optar por um financiamento, visite vários bancos. Analise todos os diferenciais. Com tudo em ordem e já consciente do processo, você já pode iniciar seus trâmites e conseguir seu financiamento para concretizar mais esse sonho, boa sorte!